segunda-feira, 25 de maio de 2009

Artigo "O DECLÍNIO DO POVO BRASILEIRO", publicado no portal Observatório da Imprensa.

O declínio do povo brasileiro
Por Aniz Tadeu Zegaib em 10/4/2006

O que se convencionou chamar de cultura popular até alguns anos atrás não existia. No mundo pré-industrial, a cultura popular era folclórica. Apesar de ainda persistir em nossa sociedade esse conceito, o que predomina com essa denominação são as manifestações de massa impostas pela indústria da música popular, do cinema, da televisão, do rádio e de editoras de livros e internet. No único interesse do lucro, essa indústria usa elementos manipuladores e alienantes para conservar a submissão de nosso povo aos seus desmandos.
Sinto-me agredido pelo enaltecimento do lixo, do que há de mais degradante na raça humana: a glamourização da pobreza, a valorização da alienação e da falta de educação. Não bastassem Gugus, Ratinhos e Faustões, o novo programa da Globo, Central da periferia, liderado por Regina Casé, registra a involução cultural de nosso povo, o orgulho de ser favelado, a apologia da banalização do sexo e da poesia, nada poética, das letras dos raps e dos funks.
O rap (ritmo e poesia, em inglês), como sabemos, teve sua origem com os jamaicanos que desembarcaram nos Estados Unidos na década de 1960. Os negros americanos, influenciados pelos jamaicanos, deram corpo e estilo ao novo gênero. O Brasil importou o RAP nas décadas de 1980 e 90 e, com ele, os mesmos discursos adaptados às favelas e às periferias. Se ainda houvesse alguma originalidade....
Os discursos (letras) dos rappers denunciavam a violência e as arbitrariedades sofridas nos guetos. Porém, o ritmo, forte e cadenciado como uma rajada de balas, uma dança que mais se assemelha a gingas malandras (não à malandragem ingênua, mas a malandragem bandida), a malevolências e com uma boa carga de agressividade, sugere o contrário, sugere a violência contra a violência, sugere a arbitrariedade contra a arbitrariedade. Enfim, anula-se aí a sua função inicial. Além disso, criaram-se "tribos" que acabam por guerrear entre si.
Tempos de Cartola
Isso, sem contar aqueles que, abertamente, fazem a apologia às drogas, à violência e demais crimes sociais. Ritmo e poesia. Poesia feita por analfabetos literários, por um parco vocabulário exaltando gírias que mais parecem códigos entre fiéis. Nesse universo, podemos excetuar alguns poucos nomes, como Gabriel, o Pensador e outros que não me vêm à mente no momento.
O funk carioca, que nada tem a ver com o funk de James Brown e outros, é originário do Miami Bass, um tipo de hip hop primitivo americano, da Flórida, que tinha como tema de suas letras o sexo, a violência, recheadas de palavrões, sugere bem a involução do ser humano. Violência entre gangues, apologias às drogas, patrocínio do narcotráfico (não podemos esquecer que Tim Lopes foi assassinado por investigar as relações do tráfico com os bailes funk no Rio) e muito mais.
O funk carioca parece querer eliminar de vez todos os neurônios. Isso é maravilhoso para uma indústria que não quer se comprometer com a qualidade cultural de nosso povo e obter cada vez mais lucro com a ignorância alheia. Houve tempo em que as favelas cariocas, paulistas, baianas geravam grandes compositores como Cartola, Ismael Silva, Bezerra da Silva, só para citar alguns, que influenciaram toda a música brasileira de qualidade. Até hoje ouvimos Paulinho da Viola, Chico Buarque, Caetano e outros interpretando as canções desses mestres dos morros. Não é saudosismo, mas sim um registro de que, ainda hoje, dentro de uma favela, há bons criadores musicais, bons artistas plásticos, bons escritores que, quase nunca, têm seus trabalhos divulgados e enaltecidos pela indústria "cultural" brasileira.
Ditadura mercenária
Essa indústria, em seu incentivo e estímulo à produção de todo esse lixo, acaba por nivelar tudo pelo que há de pior no Brasil. É fato comprovado que a formação de um povo se faz pela cultura e pela educação. Já temos, em nosso país, uma educação escolar precária que não oferece a mínima possibilidade de crescimento para a maioria dos brasileiros. Ainda temos que impor uma cultura desastrosa e miserável à nossa gente? Com a imposição dessa "cultura", imaginem o povo que teremos em alguns anos...
Todas as vezes em que orquestras se apresentaram em praças públicas e em favelas, o deslumbramento do povo foi grande. O problema é que em momento algum se deu a continuidade para que esse deslumbre se perpetuasse. Isso deveria acontecer em salas de aula com projetos específicos e duradouros.
Aqui no Brasil tem-se a ilusão de que ensinar a bater em lata trará algum futuro à criança que está numa favela. Puro engano. É um mero pretexto para tirá-la do destino bandido a que estaria condenada e, assim, não afetar a sociedade constituída. Até quando será possível mantê-la longe do tráfico? Ela não será uma artista, não será reconhecida como tal. É sim necessária uma educação com conteúdo. Uma educação cultural.
As atividades artísticas (não o bater de latas) podem ajudar, mas são apenas pequena parte do desenvolvimento do cidadão. Sem uma educação adequada e sem o suporte da alimentação e da saúde, nada acontecerá. Tudo ilusão. É hora de tomarmos uma atitude, caso contrário chegará um tempo em que pensar será perigoso, com o risco de sermos massacrados por uma ditadura industrial mercenária e manipuladora.

9 comentários:

  1. Wanderson Mansur , Vila Velha-ES - Jornalista
    Enviado em 21/12/2008 às 4:08:04 PM

    Estou desenvolvendo um estudo sobre o programa Central da Periferia. São argumentos como o seu que pretendo desconstruir, a partir de uma análise crítica, recolocar o lugar da cultura de acordo com o que foi apontado pelos Estudos Culturais. Realmente a sua visão acerca da cultura ainda se dá de forma a enxergar apenas o erudito como bom. As manifestações culturais só são qualitativas quando se assemelham ao gosto dos "cultos", dos "polidos", dos "letrados". Me resta refletir sobre os interesses dessa divisão da cultura, como forma de hierarquizar suas manifestações em erudita, popular, de massa. Talvez você esteja precisando estudar um pouco mais a cultura contemporânea para perceber que esses limites culturais estão cada vez mais tênues, que essas culturas estão cada vez mais imbricadas umas nas outras. Apesar de muitos enxergarem a cultura dos pobres como lixo, ela nada mais é que uma cultura. O texto seria mais rico e mais proveitoso se você se propusesse a discutir o porque dessa hierarquização em torno das culturas, o que tem de ideológico nisso, a partir de que você tem o poder de discriminar o que é bom e o que é ruim, quais são seus parâmetros, quem se favorece com isso? Na verdade seu problema está na concepção daquilo que você entende por cultura, que por sinal é uma concepção bem restrita, elitista e preconceituosa.

    ResponderExcluir
  2. Fernando Martini , Porto Alegre-RS - estudante
    Enviado em 22/10/2006 às 6:20:45 AM

    Parabéns pelo artigo! Isto que escreveste é muito raro de ser lido. Na verdade a tal periferia, é só a periferia de dois estados. Hoje foi ao ar o programa gravado no RS. Achas que teve algo genuinamente da cultura popular local? Nada! Apenas manifestações de SP e RJ, que também são copiadas de fora. São tão pluraristas no discurso, mas na verdade são é massificadores. Pra quem citou "funk" e "samba" de qualidade, é a mesma coisa que falar em merda cheirosa, me desculpem. Quem cresceu ouvindo isso pode se tornar até físico da Nasa, mas foi privado de música de qualidade muito maior. Mas não vem ao caso. O mais repugnante é que sufocam toda cultura local, "nacionalizando" de maneira grosseira todas as manifestações verdadeiramente populares e locais. Mais uma vez, parabén pelo corajoso e verdadeiro texto.

    Fabiano Pereira , Rio de Janeiro-MG - Professor Universitário
    Enviado em 3/10/2006 às 11:33:12 AM

    Engraçado, nasci pobre, minha mãe trabalhou a vida inteira em casa de família, nunca recebemos alguma ajuda do governo (bolsa família, alimentação etc), a coitada nunca teve casa própria. Cresci ouvindo funk, aliás, qndo eu ouço, me recordo de vários momentos bons da minha vida. Pois qndo eu tinha meus 16 anos, frequentava baile funk no chapéu mangueira (+ ou - em 1993 até 1995), nunca experimentei qq tipo de droga. Fui em favelas, tive parentes que moravam em uma favela e eu mesmo nunca morei em favela.Nem se quer tive casa propria.E nem por isso, hj em dia sou um revoltado da vida. Nao sofri influencia ou fui manipulado pelo estilo musical. Muito menos pela exibição de programas em tv. Pra quem viveu esse momento do funk, tenho absoluta certeza de que vieram boas lembranças. Simplesmente a musica (funk) pode trazer alguma projeçao (oportunidade) de vida para essas pessoas, assim como o esporte q ja foi supracitado em outro comentario. Resumindo sou professor universitario, e ate hj, com 29 anos, adoro funk e sempre que viajo, levo um cd de mp3 para ouvir no meu carro. Ué! tem alguma coisa errada nesse resumo né? "Era pra ouvir um cd de funk em um carro roubado pra invadir a favela vizinha!!! Pois é, eu lhe digo com muito orhulho que eu venci uma batalha, ser alguem na vida sem sofrer influencias de tv, musica, cor,etc...q declínio hein Sr. Aniz? Espero que seja feliz no seu proximo comentario.

    ResponderExcluir
  3. Renato Bé , brasília-DF - estudante
    Enviado em 24/8/2006 às 11:13:58 AM

    Você cita Bezerra da Silva como exemplo de compositor popular de qualidade, o que eu concordo plenamente, porém, critica largamente a apologia às drogas em letras de música. Bezerra da Silva sempre teve "drogas" como tema recorrente em sua música, e nem por isso é de se desmerecer suas composições. Meio incoerente a sua análise.

    Alexandre Rosa , Porto Alegre-RS - operador de scanner
    Enviado em 20/8/2006 às 2:14:27 AM

    Comentário muito infeliz. Como sempre os intelectuais, a grande e pequena burguesia "classe média", com opiniões preconceituosas.O que vocês fazem para contribuir com a melhora do nosso país? Não vêem que dependem de nos pobres até para []. Tem uma coisa: Os projetos sociais são bons, porém não se pode criar artistas em massa, onde fica a produção deste país. Precisamos de empregados domésticos, pedreiros, jardineiros... enfim todos bem remunerados e com oportunidades de estudo para termos um bom nível cultural Sr. Aniz. Fiquem todos na paz em seus condominios de Luxo. desculpe os erros sou "semi-analfabeto".

    ResponderExcluir
  4. José Edegar Alonso , São Paulo-SP - Consultor e Palestrante
    Enviado em 19/8/2006 às 3:42:48 PM

    erá coincid~encia??? Saiu na Veja!

    O funk do PCC

    A facção adere ao terrorismo musical e lança um CD com um batidão apavorante Fábio Portela O Primeiro Comando da Capital (PCC) encontrou mais uma forma de aterrorizar os paulistas. Agora, ataca-lhes os ouvidos. Há um mês, os camelôs de todo o estado passaram a vender um CD clandestino intitulado Funk PCC 2006. O tema principal de suas quinze canções é o incentivo ao assassinato de policiais, alcunhados de "verme". Assim mesmo, sempre no singular. Como não podia deixar de ser, o disco faz apologia do crime, prega o uso de armas e o consumo de drogas. O CD vem embrulhado em um papel ilustrado com o desenho de um homem mascarado segurando um fuzil e um revólver. Na estampa, constam o nome do autor, um tal DJ Juninho, e um aviso: Aqui o barato é loco. As músicas do PCC encabeçam a parada de sucessos das cadeias. Chegam aos presos pelas mesmas brechas por que passam armas, drogas e celulares. Nas últimas semanas, as letras do batidão do crime também viraram moda entre as crianças e adolescentes das favelas paulistas. As músicas do PCC lembram o proibidão, estilo de funk que surgiu no Rio de Janeiro em 2001 para celebrar o Comando Vermelho. O proibidão carioca foi adaptado ao gosto paulista. Nessa metamorfose, houve até uma inovação estilística. Os DJs do PCC trocaram os scratches (técnica em que se força o vinil para a frente e para trás) por rajadas de metralhadoras. A semelhança entre o funk do PCC e o do Comando Vermelho não é fruto do acaso. Há cinco anos, os dois grupos firmaram um pacto. Os integrantes do PCC presos no Rio recebem proteção do Comando Vermelho. Em São Paulo, o PCC protege os bandidos do Comando. Dessa convivência harmoniosa nasceu o intercâmbio musical entre as quadrilhas. A faixa É o Poder Paralelo comemora a união: "No Rio, eu sou Comando / Em São Paulo, PCC". O CD também mostra que a facção paulista começa a adotar um discurso ideológico. Seu funk fala de crime, mas não de criminosos. Nas músicas, só é "bandido" quem traiu a quadrilha. Os integrantes do PCC são tratados como "guerreiros", "soldados" e "irmãos". Aparecem como "oprimidos", que matam porque se consideram em guerra com a sociedade. Declaram fé "em Deus, em Jesus e nos orixás" e pedem proteção divina para seus homicídios. Uma canção resume o catecismo da bandidagem: "A cruz é a tua vida, irmão / Preservada por um fuzil na mão". Para o psiquiatra Márcio Bernik, da Universidade de São Paulo, o sucesso do funk do PCC reflete a simpatia de que a facção goza junto a uma parcela expressiva da população. "Quando se colocam como guerreiros, os integrantes do PCC mistificam sua atividade no intuito de atrair mais gente para suas fileiras", diz Bernik. Durma-se com um barulho desses.

    ResponderExcluir
  5. José Edegar Alonso , São Paulo-SP - Consultor e Palestrante
    Enviado em 18/8/2006 às 1:25:58 PM

    Considerando que seu comentário é sobre o resultado que se pode esperar de um programa como o Central da Periferia, além do minuto de fama, também não vejo nada. Talvez, como o Sr ressalta, fica uma idéia de “incentivo” para algo não profissionalizante e, portanto, não edificante. Concordo, pois entendo que este programa, através da força tão penetrante de um veículo de comunicação como este, nas mentes das pessoas, nada constrói. O que você quer dizer com a apologia da miséria, talvez seja quanto à forma como esta realidade brasileira (triste) é explorada, quando o mesmo poderia “impulsionar” outros setores que também merecem ganhar um espaço para apresentar seus trabalhos, seus feitos, ensinando o “caminho das pedras”. Não se trata de utopia, mas, quem, em seu mundo particular, já não ficou sabendo de pessoas que encontraram soluções engenhosas para seus problemas ou em suas profissões? Esta engenhosidade, esta criatividade do povo brasileiro - o jeitinho -, se potencializado (como o é em países desenvolvidos), se transforma em divisas (patenteia-se e, depois, coloca-se à disposição no mercado). Ao contrário. Na maioria das vezes, aqui, ridicularizam-se as soluções (engenhocas, por assim dizer). Que pena! Quantos pioneiros não caíram das colinas tentando inventar um modo de voar. Investidores acreditaram neles. E, hoje, voamos! Nosso Santos Dumont nos dá esse orgulho. Sr Aniz Tadeu, entendo que sua preocupação seja a de se efetivar ações permanentes no setor educacional, verdadeira ferramenta, que se, adequadas para quem tem iniciativa empreendedora, evita-se que se percam essas potencialidades (por desvios demandados pelas necessidades ou pela sua evasão), a exemplo de muitos de nossos atletas, nascidos naquelas circuntâncias.

    ResponderExcluir
  6. Jair Alves Oliveira , Cachoeira Paulista-SP - Médico/ Estudante de Direito
    Enviado em 18/8/2006 às 12:22:29 AM

    Prezado Sr. Aniz. Por incrível que pareça, este foi o assunto comentedo na aula de Sociologia que tivemos no dia 16 de agosto, quarta feira, inclusive proposto por mim. O que acho é que não se trata de deter essas comunidades em guetos. O problema ao nosso ver, é saber onde a emissora que chegar com este programa. O próprio fato de ganhar audência mostrando a pobreza que esses brasileiros vivem já é um ascinte à dignidade humana dessas pessoas, e pior que isso, é incutir em suas mentes que o fato de serem favelados os dignifica como cidadãos. Não é isso não. As pessoas dessas comunidades devem saber, que lá estão, vivendo em condições sub-humanas até mesmo porcausa de atitudes como a da emissora que como já disse ganha fortunas, mostrando a pobreza alheia. No entanto, gostaria de ressaltar, o que há por trás desse programa? Onde querem chegar? Infelizmente somos a minoria de pessoas esclarecidas que temos acesso as revistas, aos comentaristas com suas opiniões diversas que nos ajudam a formar a nossa; que temos acesso aos bancos universitários e estamos em contato com professores, na maioria doutores em sociologia, e assim poder questionar o real interesse por trás do programa. Ter um programa de televisão que faz com que as pessoas se vangloriem de sua condição de favelados, que se orgulhem de conviver com doenças, com a marginalidade em sua forma mais verdadeira, com valas e esgotos a céu aberto, com a ausência total da presença do Estado, é no meu entender, maneira ainda mais desumana, pois além de não propor nenhuma forma de ajuda para que saiam dessa condição, além de não incentivá-los a melhorar de vida, "glamurizam" suas penúrias e sobre isso, ainda retiram poupudos dividendos financeiros com audiência. É uma pena que uma artista do porte de Regina Casé se dê a esse papel. Ludibriar as pessoas dessas comunidades, passando lhes a idéia de morar lá é bom, é o mesmo que tem feito nossos governantes com suas migalhas ao povo, pois quem conseguir sobreviver com os reais do vale-leite, vale-gás, vale-não sei o que mais, que se contente, assim como os participantes do Central da Periferia, não façam nada para melhorar e de lá sair. Eu acho que isso que a emissora quer.

    Bárbara Galdino , Osasco-SP - Estudante
    Enviado em 17/8/2006 às 7:45:37 PM

    Caro Aniz Tadeu Zegaib, Provavelmente você não nasceu na periferia e por isso desconhece as dificuldades que estas comunidades enfrentam diariamente. O seu texto, além de preconceituoso, é totalmente desprovido da lógica econômica e política. Suas sugestões quanto ao que deve ser feito para melhorar a atual situação da periferia brasileira são, no mínimo, utópicas. O Brasil não tem estrutura para isso. Se a população não se reune para resolver seus problemas, ninguém os resolve, nem mesmo aqueles que escolhemos como nossos representantes a cada eleição. É certo? Não, mas a vida tem pressa de soluções e por isso algumas providencias não podem esperar. A cultura popular não é esse lixo que vc diz não! Pelo contrário, existe muita coisa boa, e muita gente talentosa por aí. O lixo não está na periferia, mas sim na televisão!!! E o que para vc é lixo, para a maioria não é. Realmente é dificil ver a realidade na TV não? Bárbara

    ResponderExcluir
  7. Elizane Rocha , Cambuquira-MG - Professora
    Enviado em 17/8/2006 às 10:32:15 AM

    Acredito que muita coisa nao e valida na TV, por questoes realmente de marketing. No texto e senhor mostra ter um grande conhecimento de historia da arte mas, parece totalmente alheio ao que o povo brasileiro sofre ha anos da herança dos senhores de engenho em que o que era bom vinha das ideias etnocentristas. O seu pensamento esta parecendo muito com isso. Para quem conhece o minimo de ciencias humanas compreende que e uma forma de expressao popular que pode ter um sentido de resolver questoes de auto estima dessas populaçoes para a mudança de paradigmas de pessoas ja favorecidas , (a chamada elite) de paises pobres que nao querem deixar de serem opressores (Leia o que diz Paulo Freira na Pedagogia do Oprimido e o livro Raizes do Brasil do Sergio Buarque de Holanda) .Concordo que bater lata nao resolve nada e que muitas letras com enaltecimento ao crime e a malandragem devam ser analisadas criticamente. O que faz nao e enaltecimento a pobreza e sim a cultura popular. Temos que ter orgulho de ser periferia porque o Brasil para quem sabe de geopolitica e uma grande periferia. Como professora realizei um projeto de produçoes textuais com o tema e foi muito interessante o retorno por parte dos alunos. Temos que valorizar os potenciais , mas analisar criticamente a situaçao de enfoque, neste caso o que significa a palavra periferia e quem usou o termo para determinar lugares do mesmo tipo e porque e central da periferia. Veja com mais profundidade.

    Márcio Andrade , Feira de Santana-BA - Tecnico em Informática
    Enviado em 6/7/2006 às 1:22:11 PM

    Realmente, sinto-me agredido tambem com tudo isso que você acabou de comentar, devemos construir muros ao redor dos guetos, a cencurar toda manifestação que provenha desses lugares,ou melhor ainda, devemos mandar a PM ou exercito para eliminar do nosso país aspirante a burguês essa mancha. è isso que que eu entendi do seu comentario alienado. O que seria cultura popular, se não manifestações vinda da população, que em sua mioria reside em periferias? Para finalizar, achei seu texto pobre e infeliz, talvez Hitler gostaria, mas não eu que sou brasileiro, e amo minha raça. Obs: esse texto, ou melhor dizendo LIXO, deveria ser banido da internet.

    ResponderExcluir
  8. Alexandre Rosa , Porto Alegre-RS - operador de scanner
    Enviado em 20/8/2006 às 2:14:27 AM

    Comentário muito infeliz. Como sempre os intelectuais, a grande e pequena burguesia "classe média", com opiniões preconceituosas.O que vocês fazem para contribuir com a melhora do nosso país? Não vêem que dependem de nos pobres até para []. Tem uma coisa: Os projetos sociais são bons, porém não se pode criar artistas em massa, onde fica a produção deste país. Precisamos de empregados domésticos, pedreiros, jardineiros... enfim todos bem remunerados e com oportunidades de estudo para termos um bom nível cultural Sr. Aniz. Fiquem todos na paz em seus condominios de Luxo. desculpe os erros sou "semi-analfabeto".

    ResponderExcluir
  9. Fabiano Pereira , Rio de Janeiro-MG - Professor Universitário
    Enviado em 3/10/2006 às 11:33:12 AM

    Engraçado, nasci pobre, minha mãe trabalhou a vida inteira em casa de família, nunca recebemos alguma ajuda do governo (bolsa família, alimentação etc), a coitada nunca teve casa própria. Cresci ouvindo funk, aliás, qndo eu ouço, me recordo de vários momentos bons da minha vida. Pois qndo eu tinha meus 16 anos, frequentava baile funk no chapéu mangueira (+ ou - em 1993 até 1995), nunca experimentei qq tipo de droga. Fui em favelas, tive parentes que moravam em uma favela e eu mesmo nunca morei em favela.Nem se quer tive casa propria.E nem por isso, hj em dia sou um revoltado da vida. Nao sofri influencia ou fui manipulado pelo estilo musical. Muito menos pela exibição de programas em tv. Pra quem viveu esse momento do funk, tenho absoluta certeza de que vieram boas lembranças. Simplesmente a musica (funk) pode trazer alguma projeçao (oportunidade) de vida para essas pessoas, assim como o esporte q ja foi supracitado em outro comentario. Resumindo sou professor universitario, e ate hj, com 29 anos, adoro funk e sempre que viajo, levo um cd de mp3 para ouvir no meu carro. Ué! tem alguma coisa errada nesse resumo né? "Era pra ouvir um cd de funk em um carro roubado pra invadir a favela vizinha!!! Pois é, eu lhe digo com muito orhulho que eu venci uma batalha, ser alguem na vida sem sofrer influencias de tv, musica, cor,etc...q declínio hein Sr. Aniz? Espero que seja feliz no seu proximo comentario.

    ResponderExcluir