UM CÃO ANDALUZ
Aniz Tadeu
Embora cão em rua deserta, vagando, me encontro;
No descompasso das sombras que se projetam nas pedras;
Nos insistentes tropeços que nas frestas me tombo;
Sucumbo ao cheiro do chão limoso e fétido
Que dia após dia, incisivamente, torna-me fera!
De outra feita, vagando em nova via, me encontro;
Quando cão hispânico comigo tropeça;
Em direção de cantos, caminhos e tanto sonho;
Levanto-me então do chão limoso e fétido;
Encanto-me com o som que se confunde com reza!
Quando, no encontro, me chegam a voz e o olhar;
Entornando maltes e cevadas fermentadas;
O sonho de um só sonho começa a entoar;
Uma canção sentida apenas pelos soluços intermitentes;
De minha garganta pigarra, até então sufocada!
Dentre todos os caminhos, pelo andaluz, advindos;
Muitos eram eles, mas um só havia de escolher;
Optei então por aquele que me parecia infindo;
Um caminho pleno de planos, sem sobressaltos;
Um caminho no qual se pode, sem medo, morrer!
segunda-feira, 25 de maio de 2009
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Oi
ResponderExcluirAHH
ResponderExcluirEU QUERIA SER A PRIMEIRAAAAAAAAAAAA
oba
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